Resumo
O objetivo deste artigo é analisar o comportamento da ocupação da mão-de-obra agrícola no Brasil, durante os ciclos de produção agrícola extensiva e intensiva, entre 1960 e 2000. Depois da década de 1930, a economia brasileira passou por profundas transformações. A modernização da produção rural é um produto dessas transformações que marcam a evolução da estrutura de produção capitalista. Este processo ou ciclo de modernização acentuou-se a partir da década de 60, caracterizando-se em ciclos tecnológicos e formas de organizar o processo produtivo. No contexto brasileiro, com as mudanças nas políticas de crédito agrícola e a formação dos complexos agroindustriais, hou-ve urna inversão no modelo intensivo. Este passou a ser mais intensivo na exploração das terras e da mão-de-obra, mas extensivo nos impactos sociais e ambientáis. O resultado final foi a exclusão daqueles que foram incapazes de adaptar-se aos novos modelos de produção agrícola e ao aumento do éxodo rural.
Abstract
The objective of this article is to analyze the changes in the occupation of the agricultural manpower in Brazil during the extensive and intensive agricultural production cycles between 1960 and 2000. After the 1930s, the Brazilian economy underwent deep transformations. The modernization of agricultural production methods was one of the transformations that indicated the evolution of the capitalist production structure. This process or modernization cycle was accentuated as of the 1960s, characterized by technological cycles and new forms of organization of the productive process. In Brazil, changes in agricultural credit policies and the formation of agro-industrial structures led to an inversion in the intensive model. Production started to be more intensive in manpower and land exploration, but more extensive in its social and environmental impacts. This change resulted in the exclusion of those incapable of adapting themselves to the new agricultural production models and an increase in rural exodus.