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Bulletin of Spanish Studies
Hispanic Studies and Researches on Spain, Portugal and Latin America
Volume 92, 2015 - Issue 4
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ARTICLES

Antonio Candido lê Murilo Mendes

 

Abstract

Antonio Candido, perhaps the most prominent literary critic in Brazil, has dedicated several articles and essays to the analysis of Murilo Mendes' work. Candido was an exacting reader of Murilo's poetry and his efforts produced a deep understanding of many of Murilo's procedures. To achieve such results, Candido employed his particular heuristic method and a rich concept of mimesis, which are the subject of this work. The article aims to show that Antonio Candido is a critic who believes in the autonomy of literature as a result of invention and ingenuity.

Antonio Candido, talvez o mais importante crítico literário brasileiro, dedicou artigos e ensaios ao trabalho de Murilo Mendes. Candido leu Murilo cuidadosamente e esse esforço de compreensão trouxe à luz a inteligência de muitos procedimentos murilianos. Para alcançar isso, Candido empregou seu método heurístico e um rico conceito de mimese, os quais constituem o tema deste trabalho. Este trabalho visa a demonstrar que Antonio Candido é um crítico que acredita na autonomia da literatura como resultado de invenção e criatividade.

Notes

1 Murilo Mendes, Poesia completa e prosa (Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994), 862. Doravante, esta obra será indicada no texto pelo número da página da qual se extraiu o texto citado.

2 Antonio Candido, Iniciação à literatura brasileira: resumo para principiantes (São Paulo: Humanitas, 1997), 82.

3 Antonio Candido & J. Aderaldo e Castello, Presença da literatura brasileira, 3 vols (São Paulo: Difel, 1981 [1a ed. 1964]), III, Modernismo, 175. Doravante, esta obra será identificada no texto pelo número da página de onde se extraiu a citação.

4 ‘Os vários mundos de um humanista’ (entrevista a Gilberto Velho e Yonne Leite publicada na revista Ciência Hoje, 16:91 [1993], 28–41 [p. 38]).

5 Murilo Mendes, Office humain (Paris: Pierre Seghers Editeurs, 1957).

6 Antonio Candido, ‘Office humain, de Murilo Mendes’, Suplemento Literário, de O Estado de S. Paulo, ano II:69, 15 de março de 1958, p. 2.

7 Antonio Candido, Na sala de aula (São Paulo: Ática, 1986), 6. Doravante, essa obra será identificada no texto pelo número da página de onde se extraiu a citação.

8 Murilo Mendes modificou o texto do poema. Na versão analisada por Candido, lia-se ‘Apascento os pianos que gritam / E transmitem o antigo clamor do homem / Que reclamando a contemplação …’.

9 ‘Antonio Candido—6/6/1996’ (entrevista a Luiz Carlos Jackson, publicada em A tradição esquecida: os parceiros do Rio Bonito e a sociologia de Antonio Candido, ed. Luiz Carlos Jackson [São Paulo: FAPESP/Belo Horizonte: UFMG, 2002], 125–48 [p. 125]).

10 Candido, ‘Os vários mundos de um humanista’, 38.

11 ‘Antonio Candido—6/6/1996’, 128.

12 ‘Antonio Candido—6/6/1996’, 127.

13 ‘Antonio Candido—6/6/1996’, 127.

14 Alceu Amoroso Lima, (Tristão de Athayde). Estudos. Quinta série (1930–1931) (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1933), 134.

15 Mário de Andrade, Aspectos da literatura brasileira (São Paulo: Martins, 1978 [1a ed. 1946]), 43.

16 Mário de Andrade, O empalhador de passarinho (São Paulo: Martins, s.a.), 49.

17 Manuel Bandeira, Apresentação da poesia brasileira (São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1943), 178.

18 Roberto Alvim Correia, Anteu e a crítica (Rio de Janeiro: José Olympio, 1948), 16.

19 Álvaro Lins, Os mortos de sobrecasaca (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1963), 47.

20 Lins, Os mortos de sobrecasaca, 48.

21 Sérgio Milliet, Diário crítico, 10 vols (São Paulo: Martins, EDUSP, 1981–82), IV, 267.

22 Otto Maria Carpeaux, Ensaios reunidos 1942–1978, organização, intro. e notas de Olavo de Carvalho, 2 vols (Rio de Janeiro: UniverCidade/Topbooks, 1999), I, 872.

23 Murilo Marcondes de Moura, Murilo Mendes: a poesia como totalidade (São Paulo: EDUSP/Giordano, 1995), 71.

24 Antonio Candido, A educação pela noite (Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006 [1a ed. 1987]), 69. Doravante, esta obra será identificada como A educação.

25 Antonio Candido, Recortes (Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006 [1a ed. 1997]), 37–38. Doravante, esta obra será identificada como Recortes.

26 Para aprofundar essa questão, veja-se Luiz Costa Lima, Vida e mimesis (Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995).

27 Leopoldo Waizbort, A passagem do três ao um: crítica literária, sociologia, filologia (São Paulo: Cosac Naify, 2007), 258.

28 Antonio Candido, ‘O lúcido visionário’, em Murilo Mendes 1901–2001, ed. Julio Castagñon Guimarães (Juiz de Fora: CEMM-UFJF, 2001), 15–16 (p. 15).

29 Antonio Candido, Formação da literatura brasileira: momentos decisivos 1750–1880 (Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2007 [1a ed. 1959]), 36.

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