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Pursuing a voice in the extractivism debate in Brazil

Pages 207-218 | Received 13 Jun 2017, Accepted 14 May 2019, Published online: 28 May 2019
 

ABSTRACT

This paper examines a Brazilian coalition against mining that mobilized in 2013 as a response to changes in the mineral framework proposed by the Chamber of Deputies. The coalition incorporates a variety of members with several perspectives and worldviews, uniting their different agendas regarding the national mining framework and legislation transformation and meeting the challenging task of building consensus by setting environmental and social issues as its main imperatives. This analysis outlines the coalition’s strategies and actions related to environmental justice. The investigation also demonstrates how the coalition participants deal with their differences and similarities during the coalition building process. The study reveals how groups seeking environmental justice in Brazil are, in fact, also struggling both internally and externally with social inequality and the complexity of the intersectional axes of oppression present in the region.

Disclosure statement

No potential conflict of interest was reported by the author.

Notes

1. Original quote: “ …nós precisamos transformar as lutas locais radicalizadas em lutas nacionais radicalizadas na mineracão, mas sobretudo produzir momentos de luta nacional em que a gente possa não só limitar o poder das empresas e do capital mineral, mas sobretudo provocar transformacoes nas leis do Estado brasileiro. (..) nós estamos com absoluto cuidado, dando passos muito lentos, muito graduais, no entanto, firme. Imaginando que ainda que a conjuntura não nos permita fazer muito, [mas] nós não somos um movimento para uma década, nós podemos ser um movimento para muitas décadas, até que a gente consiga politizar o tema da mineracao na sociedade, impor limites à lógica do capital, impor limites às leis que permitem esse saque e essa espoliacão de maneira acelerada, mas sobretudo construindo alternativas à mineracão.

2. Original quote: ‘Bom, os caminhos institucionais que existem são as audiências públicas, e que a experiência recente mostra que não existe chance nenhuma de impedir os projetos, mas o que você tem lá é uma mesa de negociação e de compensação. A audiência essencialmente é isso. Em última análise, o que eles fazem é alavancarem seus projetos ou adiarem seus projetos por um tempo’.

3. Original quote: ‘..as comunidades não são ouvidas, as informacões que chegam são informacões que elas não conseguem assimilar. Tem o movimento de resistência, mas não encontra muito eco nem na política local, na maioria das vezes, nem no órgão licenciador.. nem de lugar nenhum. Então eu acho que pro pessoal que atua mais na ponta, esse processo eu acho que é muito violento, mesmo. (..). Então assim, é a incapacidade de voz e de escuta’.

4. Original quote: ”nos últimos 10 anos ocorreu uma mudanca nos agentes que estão empurrando os camponeses para fora da terra. E as mineradoras se tornaram agentes relevantes. Eu tenho certeza que isso está muito conectado com o boom das commodities. (..) Os atingidos nunca são chamados para participar de nada. Indígenas são vistos como atrasados e se essa forma de vida desaparecer, não faz diferenca nenhuma. O objetivo de uma sociedade como a brasileira para se modernizar tem que estar acima desses interesses particulares: indígenas, ambientalistas radicais.. os termos utilizados são esses”.

5. Original quote: ” O problema não é impactos econômicos positivos contra impactos sociais negativos. O que é melhor? [É sobre] como é que a gente toma decisão a repeito de como a nossa vida economica se organiza. E no Brasil isso precisa ser mais democrático”.

6. Original quote: ‘Então a pauta priorioritária do MAM é fazer formacão com a base das comunidades atingidas diretamente por esses projetos (..) São cursos voltados pela populacão diretamente atingida pelos empreendimentos no sentido de capacitar essas pessoas, de fazer formacão sobre mineracão, sobre trabalho de base, numa nocão de que precisamos nos organizar cada vez mais. (..) E a perspectiva é que a gente continue fazendo cursos. Nacionais, regionais. Essa é a nossa grande contribuicão. (..) É um curso de militância de um movimento popular. É para as pessoas voltarem para os seus lugares e estarem mais capazes, se sentirem mais plenas em exercer essa resistência e esse [sentimento de] protagonismo’.

7. Original quote: “Eu tenho uma leitura de que muito do que a gente vive hoje é fruto de um acúmulo de experiências e de vivências especialmente no sentido da opressão e da exploracão (..) então o histórico em Minas Gerais é de disputa, briga, prisão, morte, sacanagem, exploracão, (..) Então em Minas Gerais, para mim, as disputas de terra hoje, diferentemente de outros Estados, é uma continuidade [do passado], só que agora de uma maneira diferente, por organizacões de investidores capitalistas, empresas de extracão mineral, muito mais elaborado, muito mais complexo, muito mais organizado.

8. Original quote: ‘Vamos dizer que existem elementos relevantes, atores importantes que deliberadamente não são consultados para evitar uma cisão dentro do Comitê. É uma decisão da Secretaria Executiva’.

9. Original quote: ‘Então tem gente muito diversificada dentro do Comitê, com posições políticas muito diversificadas. (..) A gente tem um espectro de crítica ao modelo econômico brasileiro e a posição governamental em torno desse modelo econômico nos últimos 15 anos que é muito variada e por conta disso o Comitê funciona como uma frente em torno de consensos. Aqueles setes pontos são os elementos que permitem que esses grupos permaneçam juntos. (..) E, não curiosamente, me parece que essa possibilidade de se criar uma frente ampla num pais que não se vê como minerador, ela é exatamente o elemento que faz com que a gente consiga colocar a questão mineral na agenda política. (..) a única condicão de fazer a mineracão emergir como um problema público e as pessoas falarem de mineracão’.

Additional information

Funding

This work was supported by the Joensuu Foundation under Grant number 65391; by the Faculty of Social Science and Business Studies; and by the Academy of Finland under Grant number 14937 .

Notes on contributors

Mariana G. Lyra

Mariana G. Lyra is a researcher in the Department of Geographical and Historical Studies at the University of Eastern Finland. She has been analysing the tensions between large companies and local communities in Brazil for ten years now. In particular, she is interested in shedding light on the groups who are fighting for social and environmental justice.

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