Voices from the periphery: a critique of postcolonial theories and development practice

Abstract

This paper examines the tension between development practice and postcolonial and decolonial theories. The postcolonial and decolonial critiques of development primarily criticise the Eurocentrism of the development discourse, which prevents so-called ‘subalterns’ from living politically self-determined lives. To evaluate both development policy and its post/decolonial critiques, the paper conducts a qualitative content analysis of song lyrics from the rap music of São Paulo, Brazil, comparing the political demands present in the lyrics with the most important aspects of development policy. São Paulo rap is chosen as it represents an organic politico-cultural movement from the peripheries of one of the largest metropolises in the so-called Global South. The paper concludes that, in terms of basic needs, the will of the ‘subalterns’ is not significantly different from what development practice offers. Beyond that, it also concludes that both development policy and postcolonialism overlook the problem of the political construction of inequalities.

Keywords:

• Postcolonialism
• decolonial thought
• basic needs
• Eurocentrism
• development

Acknowledgements

I am immensely grateful to Prof. Dr Lepenies and Prof. Dr Tobias Berger for their insights, expertise and passion for political science, without which this paper would not have been written. I am thankful as well to my colleague Maria Júlia Barbosa Vergueiro for her comments on an earlier version of the manuscript. Our discussions and her suggestions were of immense value. I also thank the reviewers for their dedication and precise suggestions that greatly improved the work.

Disclosure statement

No potential conflict of interest was reported by the author.

Notes

1 ‘Queira ou não rap é uma realidade de luta’. – Criolo, ‘Tô Pra Ver’.

2 ‘Meu Rap é linha de frente dessa guerrilha’. – Racionais MCs, ‘De Volta À Cena’.

3 ‘Sabedoria de rua, o Rap mais expressiva/A juventude negra agora tem a voz ativa’. – Racionais MCs, ‘Voz Ativa’.

4 ‘É preto e branco, um vaso no martelo/Uma flor sem cor, sorriso amarela/Entra ano e sai ano e o povo na miséria/Se o meu negócio é cantar: cantaremos Cinderela/Eu quero aprender, eu quero saber/Eu quero passar pra depois desenvolver/Eu quero comer, eu quero beber/Saneamento básico, cacete, isso é o mínimo’ – Criolo, ‘Tô Pra Ver’.

5 ‘Procure ser feliz, pobreza não é derrota’. – Criolo, ‘É o Teste’.

6 ‘Tristeza séria, uma miséria que impressiona’. – Drik Barbosa, ‘Sonhando’.

7 ‘Contra a realeza que ostenta essa pobreza’. – Sabotage, ‘Cantando pro Santo’.

8 ‘Tão ligado o porquê da conta bancária tão alta/Só tá sobrando lá, porque na de alguém tá em falta’. – Emicida, ‘Só Isso’.

9 ‘Periferias, vielas, cortiços/Você deve tá pensando o que você tem a ver com isso/Desde o início, por ouro e prata/Olha quem morre, então, veja você quem mata’ – Racionais MCs, ‘Negro Drama’.

10 ‘Eu não vou ficar do lado de ninguém por quê?/Quem vende droga pra quem? Hã/Vem pra cá de avião, pelo porto cai/Não conheço pobre dono de aeroporto’. – Racionais MCs, ‘Periferia é Periferia’.

11 ‘Minha vida não tem tanto valor/Quanto seu celular, seu computador’. – Racionais MCs, ‘Diário de um Detento’.

12 ‘Cada cassetete é um chicote para um tronco’. – Criolo, ‘Esquiva da Esgrima’.

13 ‘A fome a cada dia faz um ser pro crime’. – Sabotage, ‘Quem Viver Verá’.

14 ‘A lei da selva consumir é necessário/Compre mais, compre mais, supere o seu adversário/O seu status depende da tragédia de alguém/É isso, capitalismo selvagem’ – Racionais MCs, ‘Mano na Porta do Bar’.

15 ‘Esse é o Brasil que eles querem que exista/Evoluído e bonito, mas sem negro no destaque/Eles te mostram um país que não existe/Escondem nossa raiz’ – Racionais MCs, ‘Voz Ativa’.

16 ‘Dizem que o diabo veio nos barcos dos europeus/Desde então o povo esqueceu/Que entre os meus todo mundo era Deus’ – Emicida, ‘Mufete’.

17 Orixás are deities from the afro-Brazilian religion Iorubá.

18 Senzalas were the rooms in which enslaved people were imprisoned in in Brazil.

19 ‘Por mais que você corra, irmão/Pra sua guerra vão nem se lixar/Esse é o xis da questão/Já viu eles chorar pela cor do orixá?/E os camburão, o que são?/Negreiros a retraficar/Favela ainda é senzala, jão’. – Emicida, ‘Boa Esperança’.

20 ‘Direto penso: dinheiro é a desgraça do povo/Mas cê já viu o sorriso no rosto de quem ganhou um boot novo?’ – Emicida, ‘A Cada Vento’.

21 ‘É dificil plantar ambição, sem ver a ganância nascer’ – Emicida, ‘Intro’.

22 ‘Eu sou trabalhador e vou prosperando’ – Criono, ‘No Sapatinho’.

23 ‘A mão que segura o chicote, ela não é invisível’. Available under https://www.youtube.com/watch?v=eP86LuPwUYk.

Additional information

Notes on contributors

Nikolas Wagner Bozzolo

Nikolas Wagner Bozzolo is a Master’s Student of political science at the Otto Suhr Institute for Political Science of the Freie Universität Berlin. During his studies, he spent a two-semester period as an exchange student at the Paris School of International Affairs of Sciences Po Paris. He acquired his Bachelor’s degree in political science from the Freie Universität Berlin in 2020 while also taking part in a two-semester exchange programme with the University of California, Berkeley. He is also a scholarship holder of the Friedrich Ebert Foundation. His main areas of research are postcolonial studies, global inequalities and migration.