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Como folhas espalhadas pelo vento: o local na literatura brasileira contemporânea

Pages 167-173 | Published online: 01 Sep 2016
 

ABSTRACT

This article discusses, based on the reading of recent Brazilian novels, the renewed concern of authors coming from the outskirts of large cities with the demarcation of their own local territory. Against narratives claiming the international space as their place of enunciation, their works bring the challenge of conquering the city through writing. Far from the regionalist attachment to the land or the nation, these texts explain the implications of differences in class, race, and gender in the construction of literary space.

Notes

1. Este texto faz parte das pesquisas “Ocupações populares do espaço urbano na narrativa brasileira contemporânea” e “Configurações do espaço na literatura brasileira contemporânea,” ambas financiadas com recursos do CNPq.

2. O projeto, idealizado pelo produtor cultural Rodrigo Teixeira e pelo escritor João Paulo Cuenca, tinha um orçamento inicial de mais de um milhão de reais, e o objetivo era que boa parte disso fosse financiada com dinheiro público, proveniente da Lei Rouanet de incentivo à cultura. Após um bombardeio de críticas na imprensa e nas redes sociais, os custos foram reduzidos à metade e passaram para a iniciativa privada.

3. Tradicional série de histórias em quadrinhos destinada ao público infantil.

4. O que não quer dizer que, num futuro próximo, o dinheiro e o capital cultural que parecem aprisionar o jovem privilegiado não sirvam para lhe abrir muitas portas que estarão fechadas para o garoto da periferia.

5. Já nos títulos dos livros é possível observar as diferenças na relação das duas famílias com as cidades onde vivem. Os termos “desterro” e “ruínas” explicitam um sentimento de desconforto e de estar “fora do lugar,” enquanto “guia” e “afetivo,” por outro lado, são palavras reveladoras da necessidade de empoderamento sobre o espaço urbano; afinal, estabelecer um roteiro para a cidade é ter domínio de um discurso sobre ela.

6. Para uma análise sobre a presença das mulheres negras na cidade, ver Dalcastagnè, “Para não ser trapo no mundo” (2014).

7. Falando das grandes secas que assolaram o Nordeste brasileiro no final do século XIX, Euclides da Cunha lembrava que a única preocupação dos poderes públicos, então, era eliminar das cidades os miseráveis que chegavam em levas, doentes e famintos: “Abarrotavam-se, às carreiras, os vapores” e mandavam aquela gente para a Amazônia, “expatriados dentro da própria pátria,” sem com eles enviar um só agente público, ou um médico. “Os banidos levavam a missão dolorosíssima e única de desaparecerem…” (Cunha 276).

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